Meio Ambiente embarga obra na Rua 13 de Maio

Tribuna de Petrópolis - 15/01/2012

Ontem pela manhã, um flagrante da movimentação de terra. O homem que operava a retroescavadeira alegou que fazia apenas a limpeza do terreno
A secretaria municipal de Meio Ambiente embargou ontem a movimentação de terra que vinha sendo feita nos fundos do prédio de número 80 da Rua 13 de Maio. Alertados por vizinhos, que acordaram com o barulho de uma retroescavadeira, os fiscais proibiram que os operários fizessem qualquer intervenção no local e deram ao responsável 48 horas para prestar esclarecimentos. Ele pode ser multado por crime ambiental. 
No local, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Leandro Vianna, anunciou que vai assinar ainda nesta semana uma resolução impedindo movimentações de terra e supressão de vegetação durante o período de chuvas, de 1º de novembro a 31 de março. A medida entrará em vigor logo após a publicação no Diário Oficial.
Leandro destacou a importância de as pessoas se conscientizarem dos riscos de uma movimentação de terra feita sem licença ambiental e sem orientação técnica. “Grande parte das denúncias que recebemos na secretaria são referentes a movimentações de terra feitas sem licença. É claro que cada caso é um caso, mas o fato é que esse tipo de obra feita em período inadequado costuma causar deslizamentos”, lembrou.
Até a análise da defesa do responsável pela intervenção, o espaço será cercado e coberto com lona, a fim de evitar qualquer outra ação no local. “Na segunda-feira, um engenheiro da secretaria vai indicar as medidas a serem tomadas com objetivo de recompor a vegetação. O certo seria o proprietário já ter um projeto assinado por um engenheiro responsável com licenças das secretarias de Planejamento e Meio Ambiente”, informou Vianna.
Moradores acordaram com o barulho das máquinas - Cinco caminhões, que logo cedo já retiravam a terra, chamaram a atenção dos moradores do prédio de número 80 da Rua 13 de Maio. A movimentação estranha ocorria na via existente atrás da construção. Ao perceber a presença de fiscais da secretaria de Meio Ambiente, os operários alegaram que faziam apenas uma limpeza do espaço.
De acordo com Hans Müller, síndico do prédio, buracos que existem naquela via já causam infiltrações para o lado do terreno onde está construído o edifício. “Nos espantou essa movimentação de terra logo cedo. Pelo terreno já ter problemas, ficamos preocupados, pois imaginamos que não havia autorização para isso”, declarou ele.

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