Estado não pode cortar ponto de grevistas

Tribuna de Petrópolis - 09/07/2011

Nessa quinta-feira, a 3ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro concedeu liminar favorável ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) impedindo o governo do estado de fazer corte no ponto dos servidores que estão em greve desde o dia 7 de junho. Na decisão, o juiz também determinou que seja feita a devolução, através de folha suplementar, dos valores que já tenham sido indevidamente descontados da categoria. Assembleia realizada na tarde de ontem decidiu manter a greve por tempo indeterminado.
“A greve vai ser vista agora com outros olhos, pois muitos profissionais da Educação temiam pelo corte.  Aqueles que estavam voltando ao trabalho devem se envolver na greve novamente. A adesão vai aumentar. Acredito que 80% dos servidores estejam parados na cidade e ainda não temos estimativa para o fim da greve, pois o governo não acenou com nenhuma proposta de aumento salarial até o momento. O Nova Escola por um ano só ainda é muito pouco”, declarou a professora Carina Palácio Camillo, também integrante da diretoria do Sepe local.
Na assembleia dessa sexta, a categoria analisou que o anúncio do governo de antecipar apenas um ano de pagamento da gratificação Nova Escola, de 2012 para 2011, ainda é insuficiente.  Os servidores reafirmaram também que os baixos salários e as más condições de trabalho levaram os profissionais de Educação à greve e que nenhuma proposta concreta para melhorar esta situação foi apresentada.
O piso salarial do professor é de R$ 638; o do funcionário  administrativo, R$ 433. Para os profissionais de Educação, o governo estadual, por causa dos baixos investimentos, é o responsável pelo descumprimento do direito de todo cidadão a uma educação de qualidade, pública e gratuita.  Na próxima terça-feira, às 11h, haverá um ato público em frente à Assembleia Legislativa. Logo após a manifestação, será realizada assembleia no mesmo local.
O Sepe enviou a pauta de reivindicações para o governo em fevereiro e iniciou a greve somente em junho. Nesta greve, as principais reivindicações da categoria são: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata e total da gratificação do Nova Escola e descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários administrativos. Eles lutam também por: reforma da estrutura física das escolas; regulamentação dos animadores culturais; eleição de diretores de escolas; concurso público; paridade para os aposentados e a revitalização do Iaserj.

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