Primeiro grupo de AA em Petrópolis festeja 48 anos de atuação

Tribuna de Petrópolis - 24/11/2011

Ontem, os Alcoólicos Anônimos (AA) comemoraram 48 anos de atuação na cidade, com o aniversário do seu primeiro grupo, o Petropolitano. O dia festivo, entretanto, será no próximo sábado, às 19h, com uma reunião especial. Neste dia, ocorrerá também a posse dos coordenadores da equipe de serviços para o período 2011/2012.
O Petropolitano é o grupo mais antigo da cidade, fundado em 23 de novembro de 1963. Teve como sua primeira sede um sobrado no número 79 da Rua Barão de Tefé e foi o sétimo a ter início no país. São 19 grupos com atividade em Petrópolis (já foram 42 na década de 1990), 425 no Estado do Rio de Janeiro, 4698 no Brasil e cerca de 100 mil no mundo, atingindo 185 países.
O fundador do grupo, N.K., ainda atuante nas reuniões, conta que 19 pessoas marcaram presença na primeira reunião, sendo dois ingressantes. “Eles tinham o nome de Ari e Alfredo, que formavam justamente a sigla AA. Desde o início, os encontros de sábado já registraram o ingresso de pouco mais de 1800 pessoas”, relatou ele.
Mundialmente, o AA tem 76 anos de existência. A entidade foi fundada em 10 de junho de 1935, na cidade norte-americana de Akron. A irmandade surgiu através do encontro de Bill W. e o Dr. Bob. Ambos eram alcoólatras e lutavam contra a doença. A percepção de alcoolismo como uma doença ainda não era difundida. No Brasil, desde 1947, o desafio é conscientizar os mais jovens a dar o primeiro passo: admitir impotência perante o álcool.
Segundo o livro Alcoólicos Anônimos, publicação oficial de 1939, o AA é uma irmandade onde homens e mulheres compartilham suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolver um problema comum e ajudar outros a se recuperar do alcoolismo. O único requisito para se tomar membro é o desejo de parar de beber. Para ser membro, não existem taxas ou mensalidades. Outras informações podem ser obtidas através do telefone 2243-1443, do escritório de Petrópolis.

Salvando vidas

Mesmo presando pelo anonimato, os membros fazem questão de dar o seu recado e tentar levar a mensagem para tantas outras pessoas necessitadas em conhecer a irmandade há tempo de também ser salvas. “Conheci o grupo em 1981 e hoje já tenho 30 anos de sobriedade. Não sabia, não fazia ideia de que o alcoolismo era uma doença progressiva, incurável e de fins trágicos. Em um determinado momento, cheguei a beber álcool puro pela obsessão que eu tinha. Não vi o desenvolvimento dos meus filhos, não acompanhei o crescimento deles. Além de ter prejudicado o meu trabalho, onde só me segurei por um tempo por ter sido indicado de um político. Na minha pasta de documentos na empresa já não cabiam mais atestados médicos”, contou N13.

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