Petrópolis tem 305 casos de dengue
Tribuna de Petrópolis - 05/11/2011
Dos 305 casos, 159 foram contraídos no município somente neste ano |
O verão se aproxima e, com os dias
ficando cada vez quentes, cresce também o risco de contaminação pelo
mosquito da dengue. Petrópolis já esteve longe da ameaça, mas a cidade
teve 159 casos da doença contraída no município registrados somente
neste ano. A Secretaria de Saúde informou ainda que, desde janeiro de
2011, são 305 novos casos de dengue, sendo 146 casos de pessoas que
contraíram em outra cidade.
Em audiência pública da Comissão de
Saúde da Alerj, realizada na última segunda-feira, a subsecretária de
estado de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Hellen
Miyamot o, afirmou que os registros de casos da doença no estado neste
ano cresceram 550% em relação a 2010. Foram convidados para a audiência
os 92 municípios do estado, mas só representantes de São Gonçalo,
Resende e Tanguá compareceram à reunião.
“Os principais fatores para esse grande
crescimento são o aumento populacional, o abastecimento irregular de
água e o significativo aumento de produção de lixo urbano. Temos
estimulado todas as prefeituras do estado a trabalhar pela mobilização,
principalmente agora, no período pré-verão. Precisamos reduzir o número
de criadouros de mosquitos”, alertou a subsecretária. Em 2011, já são
160 mil casos e 133 óbitos.
O município de Niterói é o que possui o
maior número de casos de dengue tipo 4, com 11 ocorrências, o que
aumenta a chance da doença se tornar hemorrágica. Oriundo da região
amazônica, o vírus ainda é incipiente no Rio de Janeiro, mas pode se
proliferar. Por conta das enchentes, Hellen disse que a Região Serrana
pode ser facilmente infectada. Petrópolis ainda não tem casos desse
tipo.
O presidente da comissão, deputado Bruno
Correia (PDT), defende que é preciso se preocupar também com o combate,
em vez de somente com a prevenção à doença. “O combate não pode parar
por aqui. Pelo que foi apresentado na audiência, muito se trabalha para a
prevenção e pouco para o combate à dengue. É importante investir na
mobilização, mas é primordial investir na qualidade dos agentes de
saúde”, explicou.
Dados da secretaria de Saúde apontam que
a vacina contra a dengue ficará pronta em até seis anos. De acordo com
Hellen Miyamoto, testes já estão sendo feitos na Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e no Instituto Butantã, em São Paulo. Os resultados atuais
mostram que a vacina ofereceria imunidade por até três meses. Mais
informações podem ser encontradas no site www.riocontradengue.com.br.
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