Testemunhos da Fé - Denise e Niltinho

Dominus - N° 46 - Agosto/Setembro de 2011

A doação de órgãos ainda é um tabu nos dias atuais. Estima-se que a lista de espera por transplantes aumente a uma velocidade de pelo menos 10 inscrições por dia. No entanto, a possibilidade de poder ajudar o próximo tem crescido na medida em que as pessoas vão se conscientizando da importância dessa atitude e de como é o procedimento. Deixando de lado os preconceitos e restrições, é possível participar do ato que vai garantir a vida de um irmão. Foi optando por esse caminho, vendo o sofrimento do ministro da Eucaristia, Nilton Moreira, o Niltinho, que Denise Latsch, da Pastoral do Batismo e do Encontro de Casais com Cristo, se ofereceu para ser doadora de um rim. Niltinho durante dois anos e meio fazia hemodiálise três vezes por semana e esperava ansioso para a resolução do seu problema. Tudo mudou quando ele colocou a questão nas mãos de Deus, pois só Ele poderia ajudar. “Foi Deus que Colocou a Denise na minha vida”, declarou, grato, Niltinho, casado com Jane e pai de três filhos. Denise é casada com Marcelo e mãe do coroinha Denis. E tudo começou em uma Novena de São Sebastião. Por mais essa graça, Viva o Glorioso Mártir, poderoso intercessor!


Denise Latsch

“A iniciativa foi minha. Engraçado que não tinha um contato próximo ao Niltinho, era só o conhecimento de frequentar a Igreja mesmo. Na Novena de São Sebastião de 2010, acabei encontrando com ele no pátio e notei que não estava muito bem. Ele me disse que tinha feito hemodiálise e que o procedimento não o deixava muito bem depois. E isso acontecia três vezes por semana. Nem perguntei o tipo sanguíneo dele, mas no outro dia fiz a pergunta: era O negativo. Eu já era doadora de sangue há bastante tempo, desde os meus 18 anos. Depois de conversarmos, começamos a realizar vários exames, em um processo que durou pouco mais de um ano. A médica, no início, falou que tinha menos de 10% de chance de dar certo, por não ser uma doação de parente. Passamos por hospitais de Juiz de Fora e Niterói. No fim, acabou dando 92% de compatibilidade, uma porcentagem que não ocorre nem entre irmãos. Por coincidência, o médico responsável ainda tinha o nome de Sebastião. A operação do transplante foi no dia 30 de março de 2011. Agora somos como irmãos. Sempre que possível, reunimos as duas famílias. Com certeza, foi mais uma graça alcançada pela intercessão de São Sebastião. Queremos mostrar o nosso exemplo não por vaidade, mas para que outros sigam o mesmo caminho.”

Nilton Moreira

“Em agosto de 2008, uma semana antes de ir para a Romaria de Aparecida, percebi alguns problemas e realizei uma bateria de exames, por solicitação do meu médico. Quando veio o resultado, ele me deu a notícia de que um rim já estava parado e o outro operava com 25% da capacidade. Logo depois, então, comecei a fazer a hemodiálise três vezes por semana, as terças, quintas e sábados. Nesse meio tempo, de muito desgaste, um parente até se ofereceu para doar o rim, mas era muito novo e disse que ele poderia ter os mesmos problemas que eu. Outros amigos também queriam ajudar, mas eu coloquei a situação nas mãos de Deus, me entreguei a ele. Eu estava na Novena de São Sebastião de 2010 e pedia pela minha neta que passava por alguns probleminhas. Eu fiquei surpreso com a atitude da Denise, por não haver muito contato. Mas hoje vejo que foi uma coisa de Deus mesmo, pois foi dando tudo certo nos exames. As coisas foram acontecendo como era da vontade Dele. Foi um ano fazendo exames até a operação, em março deste ano. Enquanto a gente vive, existe esperança. Tem pessoas que são a presença real de Deus em nossas vidas e não percebemos isso. Ali, na Igreja, é o local que devemos estar, pois lá encontramos nossos verdadeiros amigos irmãos.”

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