Quase mil portadores de deficiência conseguiram emprego em Petrópolis

Tribuna de Petrópolis - 04/01/2011



Marcelo Silveira, da Associação Pró-Deficiente: ainda há 56 vagas para portadores de deficiência abertas no balcão de empregos da instituição

A Associação Pró-Deficientes comemora o fim de um ano muito positivo. Segundo o presidente da associação, Marcelo Silveira, 972 pessoas com algum tipo de deficiência já conseguiram ser empregadas no mercado de trabalho petropolitano. E este número só não é maior pela falta de acessibilidade. Duas empresas do transporte coletivo já disponibilizam nove ônibus com adaptações, o que já ajuda no deslocamento. O balcão de empregos da associação conta, no momento, com 56 vagas em aberto.

“Foi um de muitas vitórias para nós. Conseguimos aparelhagem de boa qualidade e ainda tivemos a reativação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Estamos na expectativa de um 2011 ainda melhor”, disse Marcelo, fazendo um balanço das ações do ano passado.
Além do auxílio prestado pelo balcão, também foram entregues 76 aparelhos ortopédicos. Em 2009, já havia sido feita a entrega de 127 aparelhos. Segundo Marcelo, o objetivo é diminuir cada vez mais a necessidade do uso de aparelhos, sendo que a maioria das solicitações é de jovens acidentados, o que representa 40% da demanda.
Petrópolis é a cidade da Região Serrana que mais emprega deficientes e tem recebido até oferta de vagas de empresas de Duque de Caxias, o que ocasiona o atual excedente. De acordo com a entidade, na inclusão escolar ainda há muito o que melhorar,  pois muitas crianças ainda são excluídas e poucas escolas estão preparadas para recebê-las.
A Pró-Deficientes tem atuado junto à Associação Fluminense de Reabilitação (AFR), que fica em Niterói e oferece todo tipo de aparelhos ortopédicos. No início de dezembro, a AFR fez a doação de 12 cadeiras de rodas, sendo duas infantis e outras duas especiais para portadores de paralisia. Estas cadeiras especiais são feitas sob medida e encomendadas somente com prescrição médica. O preço médio é de R$ 2,7 mil.
“A AFR, que tem parceria com o Ministério da Saúde, pode liberar até 20 cadeiras mensalmente para qualquer deficiente de forma gratuita”, informou Marcelo, explicando também que ele mesmo, há 7 anos, recicla cadeiras de roda para que outros possam utilizá-las.
Uma outra boa notícia, comunicada por Marcelo, é que a Associação Fluminense de Reabilitação pode fazer uma parceria com a prefeitura, se houver interesse do governo municipal no assunto. Para isso, é preciso um contato para que as bases sejam traçadas. Por enquanto, é somente mais uma possibilidade que pode ajudar as pessoas com deficiência na cidade.
Para 2011, a Pró-Deficientes deve realizar campanhas para arrecadar verbas. Seriam bingos e rifas para a manutenção da sede (que fica na Rua Teresa, nº 2024, no Alto da Serra), além do pagamento de despesas como água, luz, internet e veículo para ajudar no transporte de deficientes. Recentemente, o Rotary ajudou a entidade.
“Agradeço à imprensa petropolitana por todo o apoio que nos tem dado e especialmente a duas pessoas: a nossa colaborada já falecida Yolanda Duarte e ao empresário Jonny Klemperer”, finalizou Marcelo Silveira.

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