Greve dos bancos e dos Correios confunde

Tribuna de Petrópolis - 30/09/2011

A greve dos bancos é por tempo indeterminado: sem negociação
A greve dos bancários entra no seu quarto dia e parece estar longe de acabar. A população só deve sentir os efeitos na próxima segunda-feira, quando a corrida para receber salários, pensões e aposentadorias pode inflar as filas das poucas agências abertas. O Sindicato dos Bancários se reúne diariamente e decide quais as agências que serão fechadas no dia seguinte. Ontem foi a vez dos bancos HSBC e Santander. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão paralisados desde a última terça.
Com essa situação somada à greve dos Correios, iniciada há duas semanas, muitas pessoas reclamaram das faturas de cartões de crédito que não chegaram. Agora, é preciso ir até a agência bancária para efetuar o pagamento. É o caso da costureira Ângela Vieira. Ela precisou ir até o banco, já que não possui cadastro para acessar a sua conta pela internet, e lá efetuar o pagamento do cartão de crédito.
A dona de casa Floripes Augusta precisou ir até uma casa lotérica para realizar uma operação que costuma fazer no banco. “Eu vim pegar o meu PIS. Dizem que na lotérica é até mais fácil, mas, por costume, sempre recebo no banco. É o único jeito, já que a Caixa Econômica está fechada. Essa greve atrapalha bastante e na segunda tenho que receber. Como eu vou fazer agora?”, indagou ela.
Como acontece o revezamento das agências em Petrópolis, o movimento nas lotéricas ontem não foi grande. De acordo com Flávio Barcellos, membro da diretoria do Sindicato dos Bancários, a paralisação está ganhando mais adeptos. “A greve está sendo bem aceita pela categoria em nossa cidade e em todo o Brasil mais agências estão parando”, disse ele, que ainda confirmou ser cerca de 600 o número de trabalhadores do setor no município.
Já os Correios oficializaram na noite de ontem uma nova proposta para os agentes grevistas. A empresa propôs aumento linear de R$ 80 a todos os empregados, reajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono imediato de R$ 500. O reajuste representa 9,9% de ganho real no salário base inicial. Os Correios propuseram ainda o parcelamento do desconto dos dias parados, na proporção de um dia de greve por mês.

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