Negativa em divulgar os preços dos remédios provoca polêmica nas ruas

Tribuna de Petrópolis - 24/05/2011


“Eu acho justo que continuem pesquisando. Até porque é a coisa que eu mais faço, assim como no mercado”. Liane Vieira – 52 – costureira

A pesquisa feita pela Tribuna de Petrópolis sobre o preço de medicamentos nas farmácias da cidade ainda repercute entre os consumidores. Na última semana, três drogarias se recusaram a participar do levantamento: Cristal, Galanti e Pacheco. As duas primeiras justificaram o não fornecimento dos preços por conta de alterações na tabela de valores da rede. A Pacheco esclareceu que não obteve autorização da gerência geral para repassar as informações pedidas.  
Os médicos que estão como vereadores nesta legislatura também se pronunciaram sobre o assunto. João Tobias (PPS) disse que costuma aconselhar seus pacientes a pesquisar os preços antes de comprar os remédios. Márcio Muniz (PSC) defende o tabelamento de alguns medicamentos, para evitar disparidades. Samir Yarak (PSC) chamou a atenção para o crescente número de farmácias nos bairros e distritos. Os vereadores disseram que a grande quantidade de estabelecimentos deste tipo não incentiva a concorrência. Com a guerra de preços, algumas drogarias podem fechar.
“A gente tem que saber os valores. Eu costumo pesquisar e comparar o preço de duas farmácias, no mínimo”, disse a estudante Jéssica Quadrelli, de 16 anos. Uma outra estudante, Bruna Teixeira, de 17 anos, declarou que todos necessitam saber onde é mais barato, que as farmácias não podem esconder o preço. “Para pesquisar preços, depende qual for o remédio a ser comprado. Minha mãe sempre manda eu procurar o lugar mais em conta”, contou ela.
O funcionário público Henrique Kerti, de 55 anos, que acompanhou a última pesquisa divulgada pela Tribuna, disse que é um absurdo as farmácias esconderem o preço. “Acho válido a continuidade da pesquisa. Geralmente vou em uma farmácia ou outra, mas pesquisando produto por produto você consegue um valor baixo”, disse ele. Regina Dias, de 45 anos, também funcionária pública, explicou que remédios de uso contínuo devem ser comprados após a pesquisa, pois costumam sofrer variações de preço.

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