Comunidade do Alto da Serra celebra Santo Antônio

Tribuna de Petrópolis - 14/06/2011

Milhares de fiéis passaram pela igreja ao longo do dia, prestando homenagens ao santo casamenteiro
Santo Antônio foi o motivo da grande festa realizada ontem na Paróquia do Alto da Serra. Milhares de fiéis e devotos do santo, conhecido como casamenteiro, estiveram presentes ao local durante todo o dia. Foram celebradas sete missas, a cada duas horas, entre 7h e 19h. Sacerdotes de outras paróquias foram auxiliar o pároco, padre Francisco Montemezzo, que há 27 anos permanece na administração da festa e da igreja. A estimativa era de que 4 mil pessoas passaram pela comunidade, tendo sido cerca de 10 mil pães distribuídos.
“Entre os jovens, o principal pedido continua sendo o de casamento, com a valiosa intercessão do santo, mas os papéis de intenções revelam também muitos pedidos de trabalho, de pais intercedendo pelos filhos que são usuários de drogas, recuperação de saúde, e, sobretudo, pela união das famílias. Quando leio os pedidos, em alguns acabo me emocionando pelas histórias que são contadas”, revelou o padre Francisco.
O sacerdote declarou ainda que o esforço de todos os paroquianos faz a festa ser grandiosa. Ontem, enquanto eram celebradas as missas, as barraquinhas que vendiam pastel eram as mais concorridas. “A participação nas festividades de Santo Antônio, tanto a religiosa como de barraquinhas, aumentou muito com o passar dos anos. Lembro que quando cheguei, umas 50 pessoas vinham na missa das 11h, no dia do santo. E hoje, ainda com mais celebrações, temos no mínimo 200 pessoas no mesmo horário”, contou ele.
Santo Antônio, que para alguns é invocado também quando se perde um objeto, tem uma identificação especial com os brasileiros. Como ele nasceu em Portugal, é chamado naquele país de Santo Antônio de Lisboa. Passando pela Itália, teve contato com São Francisco de Assis, tendo falecido em Pádua em 13 de junho de 1231, aos 35 anos. Ficou assim como Santo Antônio de Paduá. Pela origem portuguesa, ele acabou tendo a devoção espalhada pelo país, principalmente entre os mais pobres.
“Eu me sinto bem em vir à igreja. Dá uma paz muito grande vir aqui” disse Margarida Santos, que é moradora do Quitandinha.

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