Aos 26 anos, jovem luta por qualidade de vida

Tribuna de Petrópolis - 02/06/2011


Família da jovem montou um posto de arrecadação no Centro

Após a realização das campanhas da menina Maria Júlia e de Gabriel Bastos, que já se prepara para voltar à China, agora é Juliana Maria que luta para conseguir recursos para o tratamento da paralisia cerebral. Diferente dos outros dois, entretanto, ela não vai sair do Brasil para se tratar. Com 26 anos e 17 cirurgias feitas, Juliana pretende ir a Salvador, onde já esteve em julho do ano passado, para uma nova etapa da terapia de origem russa que sua mãe, Regina Maria Alves, descobriu em uma reportagem de televisão.
“Ela nasceu perfeita, sem problema algum, mas foi prematura e nasceu com menos de sete meses de gestação, pesando cerca de um quilo. Ela cabia em uma caixa de sapato. Ela não se desenvolveu como deveria e acabou adquirindo a paralisia”, disse Regina Maria Alves, mãe de Juliana. Regina afirmou que precisa arrecadar R$ 80 mil para custear as próximas etapas do tratamento – cada período tem o valor de R$ 20 mil. “Era para termos voltado a Salvador em outubro de 2010, mas eu não tinha dinheiro. Agora queremos arrecadar tudo para enfrentar as etapas restantes”, declarou ela.
Despertada por uma reportagem de TV, Regina ficou sabendo que o Núcleo de Atendimento à Criança com Paralisia Cerebral (NACPC), na capital baiana, estava desenvolvendo um novo tipo de tratamento contra a paralisia cerebral, com a utilização do chamado Traje Adeli. A técnica foi criada pela Agência Espacial Russa, nos anos 70, para diminuir os efeitos causados no corpo dos astronautas com o longo tempo na ausência de gravidade.
“A Juliana vai para a escola e se comporta como uma pessoa normal, a paralisia não impede que ela faça algo, mas ela ainda não resiste muito tempo em pé”, contou Regina. Juliana saiu da cadeira de rodas e agora utiliza o andador e estuda na Escola Municipal Paulo Freire, que recebeu os alunos da Associação e Centro Educacional Inclusivo (Acei), de Nogueira, no início do ano. “Ela respondeu muito bem à primeira etapa e passou a utilizar o andador desde então”, respondeu a mãe.
Cada fase do tratamento dura cinco semanas e é um procedimento intensivo, durante todo o dia. O valor que está sendo arrecadado, com uma barraca no calçadão do Cenip, será para pagar as despesas também com alimentação, transporte e hospedagem. “Escolhi ir para Salvador em baixa temporada, para ter o menor custo possível com hospedagem, já que se trata de uma cidade turística. Essa campanha com barraca, que faço desde fevereiro, deve ser só uma vez. Foi preciso pedir autorização da Prefeitura e não podemos desperdiçar a chance”, declarou ela.
Moradora da Coronel Veiga, Regina abriu uma conta no Banco Itaú, também com a finalidade de juntar a soma necessária para os gastos do tratamento. A conta corrente de número 05388-7 é da agência bancária 6103. Ela faz questão de desempenhar todo o processo da forma mais transparente possível e teve uma carta judicial autorizando a abertura da conta. “Queremos arrecadar todo o dinheiro necessário para fazer o tratamento com tranquilidade. Cada estágio precisa ter um intervalo de dois meses”, finalizou.

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