Manifestação contra fechamento de escola

Tribuna de Petrópolis - 17/12/2010

Pais de alunos e funcionários da escola se reuniram ontem na sede do governo para pedir esclarecimentos
Profissionais e pais dos alunos da Escola Municipal Nogueira Pró-Criar e Acei (Associação e Centro Educacional Inclusivo) estiveram ontem à tarde na sede da Prefeitura Municipal e protestaram contra o fechamento do estabelecimento de ensino. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o contrato com a Prefeitura ao encontrar irregularidades na organização.
“A escola não deve acabar. Onde vamos colocar os nossos filhos? Se houver troca de professores, vão encontrar outros igualmente preparados? Como vai ser no próximo ano?”, disse, revoltada, Ana Beatriz de Paula, que tem um filho na escola. As muitas perguntas feitas pelas mães e as dúvidas dos profissionais da escola devem ser sanadas com uma reunião marcada pelo governo municipal para a próxima quinta-feira, dia 23 de dezembro, às 15h, em Nogueira. Os alunos esperam boas notícias e, com isso, um grande presente de Natal.
“A Prefeitura está adquirindo um novo espaço para a instalação da escola. Só podemos divulgar o local com a assinatura do contrato, o que devemos ter na reunião de quinta. Estamos aqui para atender ao povo e garantir qualidade de vida aos alunos”, declarou Alexandre Aragão, diretor do departamento de educação da Prefeitura, que recebeu aplausos dos presentes ao informar a decisão.
A escola fica na Avenida Leopoldina, 561, em Nogueira, e já funciona há 13 anos, com o apoio da prefeitura. É um Centro Especializado de Educação Básica – Educação Infantil e 1º segmento do Ensino Fundamental (1º a 5º anos), que atende crianças com deficiência. A escola conta com uma equipe multidisciplinar nas áreas de fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, orientação educacional e psicopedagogia, além de professores capacitados para um trabalho de inclusão plena com currículo adaptado.
Quem recebeu a comissão de pais na Prefeitura foi o secretário de Fazenda, Hélio Volgari. A diretora, Rosane Costa Frias, não compareceu ao ato. Ela estava internada no Sanatório Osvaldo Cruz (SOC) com problemas de saúde, segundo os manifestantes, gerados pela questão da escola.
Segundo informou a assessoria de comunicação, o contrato entre a Prefeitura e a Acei foi cancelado por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou uma série de irregularidades na instituição. Segundo o secretário de Educação, William Campos, a Prefeitura dará em breve uma solução para atender aos alunos e seus familiares.
“Diante da nossa decepção com as irregularidades denunciadas pelo Tribunal de Contas, não tivemos alternativa se não encerrar o convênio com a instituição”, declarou William.

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