Mais uma vítima de golpe do chupa-cabra em banco

Tribuna de Petrópolis - 22/12/2011

Um crime cada vez mais comum na cidade está chamando a atenção das autoridades e levando preocupação aos petropolitanos. Nas agências do banco Santander, uma quadrilha está aplicando o golpe conhecido como “chupa-cabra”, em que os bandidos utilizam um aparelho, que é instalado no local onde se insere o cartão no caixa eletrônico. Este equipamento prende o cartão e obriga a pessoa a usar um aparelho telefônico, também instalado no terminal de autoatendimento, que direciona a ligação para outro integrante da quadrilha continuar o golpe.
No início do mês, a doméstica Maria José Furtado, moradora da Dias de Oliveira, foi vítima do golpe. Ela estava na agência do banco que fica na Rua Marechal Deodoro, por volta das 10h do dia 3 de dezembro, e tentava acessar sua conta corrente através do caixa eletrônico. Assim que colocou o cartão no terminal, ele acabou entrando direto na máquina e ficou retido. Sem ter a quem recorrer, já que a agência não mantém vigilantes nos fins de semana, ela aceitou a ajuda de um rapaz que já estava dentro da agência, fingindo que usava outro caixa. Ele orientou a doméstica que utilizasse o telefone acoplado ao terminal para falar com o banco.
Ela conta que perguntou se o rapaz sabia qual era o número do banco e este respondeu que qualquer telefonema iria cair na central de atendimento. Ela ligou e foi atendida por um homem chamado Ricardo. Enquanto ela explicava o que tinha ocorrido, a ligação caiu. Logo depois outro homem, de camisa preta e calça jeans, entrou na agência. Ele disse ter tido o mesmo problema e ligou para a central. Percebendo que a conexão já estava restabelecida, a doméstica voltou, então, a ligar para a central.
No novo contato, pediram a Maria José que digitasse sua senha e também o número chave do cartão. Ela passou os códigos e recebeu o comunicado de que o cartão emperrado no caixa eletrônico estava cancelado e um novo seria enviado ao endereço cadastrado na agência num prazo cinco dias. Dois dias depois, de volta ao banco, a mulher se surpreendeu ao saber, pela gerente, que não existem aparelhos telefônicos instalados junto aos terminais. A mesma gerente, percebendo o que tinha acontecido, explicou para a doméstica que ela havia sido roubada.
“As pessoas devem ser orientadas sobre como agir nessas situações. Saí da agência naquele sábado certa de que tinha resolvido meu problema, mas acabei descobrindo que fui enganada. É preciso que reforcem a segurança no banco. Lá existem câmeras e isso pode ajudar na identificação e prisão dos bandidos. Só não fazem isso se não quiserem”, desabafou Maria José Furtado, que teve um prejuízo de R$ 2.100, somado o dinheiro que tinha em conta mais o que foi pego em empréstimos em seu nome. O banco isentou a doméstica do pagamento dos empréstimos, visto que foi constatado que ela foi vítima de um crime.
O delegado Marcello Braga Maia, titular da 105ª DP, alertou a população sobre o caso. “Oriento as pessoas a procurar algum funcionário da agência. Se for fora do horário de expediente, a pessoa deve, em caso de qualquer desconfiança, procurar imediatamente a Polícia Militar”, explicou o delegado.

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