Prejuízo com comércio da 16 de Março fechado

Tribuna de Petrópolis - 21/04/2011

Apesar da insistência de um grupo de funcionários das lojas da Rua Dezesseis de Março, o comércio do Centro Histórico ficará fechado nesta semana e só reabre na próxima segunda-feira. Desde janeiro, foram feitas três assembleias e em todas elas a proposta do sindicato patronal foi amplamente rejeitada. Na última semana, com a proximidade dos feriados, um grupo de 20 empresários buscava ainda uma forma de poder abrir o comércio, mas não encontrou solução. A última cartada foi dada por cerca de 30 comerciários, que foram anteontem ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Petrópolis.
“O fato de não abrir no sábado não será bom para o empresário e nem para o comerciário. A proposta do sindicato patronal foi boa, mas infelizmente não teve acordo, já que foi rejeitada em três assembleias”, disse Ernane Corrêa Magalhães, presidente do Sindicato dos Comerciários. Ele detalhou a proposta patronal, que era de R$ 55 por dia: R$ 42 por dia trabalhado, R$ 8 de alimentação e R$ 5 de transporte.
Realizadas no Restaurante dos Comerciários (Rua do Imperador, 493 – Centro), as assembleias aconteceram no dia 27 de janeiro e 5 de março. Houve outra também em janeiro, esta só para funcionários da Dezesseis de Março. Em todas elas, a proposta não obteve aprovação. Na reunião de março, foi apresentada uma proposta diferenciada, com pagamento antecipado, que também não agradou aos trabalhadores. “Com R$ 42 por dia trabalhado, seria pago mais do que o dobro para um dia normal, que é R$ 20,90. Mas é preciso entender que a escolha feita em assembleia é democrática. Além disso, é uma obrigatoriedade prevista em lei. Tem que ter voz e exercer o direito do voto, pois não adianta fazer manifestação na véspera”, declarou Ernane Corrêa. Ele ainda informou que todos saem perdendo: a cidade, o empresário e o empregado.
Marcelo Fiorini, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), foi mais um a lamentar o fechamento do comércio durante os feriados da Semana Santa. “É uma pena que todo o comércio esteja fechado. A gente fica triste, mas fizemos a nossa parte para que isso não acontecesse. Muitos não têm a noção exata do que a cidade perde com a chegada de muitos turistas que encontrarão as lojas fechadas. O prejuízo será enorme em um dia importantíssimo para recuperar as vendas”, declarou o empresário.
Perguntado sobre o motivo dos comerciários terem votado maciçamente contra a abertura das lojas, Ernane, disse que a possível causa seria a opção de ficar em casa em uma rara oportunidade de feriado onde não seria necessário trabalhar. “Pode ser a vontade de descansar. Tendo a possibilidade de decidir pelo descanso, acho que pode ser isso, mas não tenho certeza. A Rua Teresa vai abrir, mas os funcionários de lá trocaram os dias 21 e 23 pelas segundas-feiras de fevereiro e março”, finalizou ele.

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