Mudanças na feira: governo estuda levar bancas para um galpão

Tribuna de Petrópolis - 11/04/2011

As mudanças na feira livre são uma reivindicação antiga de moradores e comerciantes. Novo galpão asseguraria conforto e acabaria com impasse
O impasse que se arrasta há anos em relação ao local de funcionamento da feira livre pode estar perto do fim. Um projeto em fase final de estudo pelo governo municipal prevê uma grande intervenção urbanística na Rua Visconde de Souza Franco, onde ficam instaladas as barracas. O objetivo é colocar a feira livre em um galpão, no espaço que era ocupado pela antiga linha ferroviária.
Os entendimentos começaram ainda durante a gestão de Nelson Sabrá na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Pelo projeto, a rua ficaria livre durante toda a semana e o galpão a ser construído funcionaria diariamente, dando uma opção a mais aos feirantes. A mudança agrada aos moradores e comerciantes.
“Hoje a feira é um grande transtorno para nós, moradores. Já na tarde de sexta-feira o tumulto se forma no local e temos que passar pelo meio da rua. Isso acontece sempre. Incomoda também o barulho na madrugada de sexta para sábado, pois a partir das 4h eles começam a montar a feira e não respeitam a Lei do Silêncio. Organizando a feira, já está bom”, disse Luiz Carlos de Almeida.
De acordo com o arquiteto Rodrigo Simão, a realocação da feira pode gerar melhorias para os feirantes iguais as conquistadas pelos camelôs na Praça Clementina de Jesus. Ali, o camelódromo ganhou uma padronização e um melhor aproveitamento do espaço, incluindo ainda a construção de um banheiro público. “Toda a obra da Paulo Barbosa e Souza Franco vai proporcionar mais conforto para os pedestres e passageiros de ônibus. Sem contar que serão geradas mais vagas de estacionamentos”, concluiu Rodrigo.
“O que está no projeto é que o novo local receberia todos os feirantes. Em dezembro do ano passado, o Nélson Sabrá nos recebeu na Prefeitura. Era uma comissão formada por oito feirantes. O galpão seria na antiga linha do trem e entraria um pouco na mata, mas o terreno é da União e precisa ser liberado. Com a saída do Sabrá, estamos aguardando a retomada nas negociações. Já conversamos com o prefeito Mustrangi”, disse o feirante Jadir Corrêa.
Jadir falou que o projeto do novo galpão permitiria que o novo espaço fosse utilizado de modo permanente, como um horto. Ele comentou que a mudança da feira já é uma discussão antiga. Ainda no governo Rubens Bomtempo se cogitava um novo local, que não foi encontrado. No governo atual, o prefeito Paulo Mustrangi, garantiu que só realizará a alteração se um terreno apropriado estiver em condições de receber a feira livre. “A idéia não é ruim, mas tem que sair do papel”, disse José Joaquim Alves do Cabo, feirante há 25 anos.

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