Barreira assusta no Independência

Tribuna de Petrópolis - 01/04/2011


Jones olha a barreira nos fundos da casa: medo de um novo deslizamento.

Na manhã de ontem, enquanto ocorria na UCP um encontro com autoridades para debater as ações para a reconstrução da Região Serrana, uma família do bairro Independência buscava solucionar os problemas causados por uma barreira. A terra de um terreno atrás da residência, na Rua Glauce Rocha, 662, desceu na noite de quarta-feira, por volta das 19h30. Jones Amaral de Souza, a esposa Camila e dois filhos optaram pela mudança às pressas, já que a casa corre riscos.
A barreira atingiu dois cômodos da casa, arrebentou a vidraça de um quarto e rachou a parede. A Defesa Civil vistoriou o local na manhã de ontem, mas assegurou que não havia necessidade de interdição “já que a estrutura é boa e o proprietário foi orientado a tomar precauções para que a casa não tenha mais risco”. “Moro aqui há 25 anos e nunca tivemos problema com barreira. Agora, vamos para a casa dos pais da minha esposa, ficaremos em um cômodo apertado, e temos ainda duas crianças, uma de nove e outra de 11 anos”, disse Jones.
Os dois precisaram faltar ao serviço ontem para realizar a limpeza da casa e os preparativos para a mudança. Contaram ainda com a ajuda de parentes e amigos. Para o casal, a barreira pode ter sido resultado de um esgoto que seria canalizado de maneira errada pela vizinha e pode ter ajudado a descer a terra do terreno aos fundos da residência. 
A Defesa Civil registrou ontem quatro ocorrências causadas pela chuva, entre pequenos deslizamentos de terra e vistorias preventivas. Na madrugada de quarta para quinta-feira, choveu 50mm no Bingen e 65mm nos bairros Quitandinha e Independência. Não houve feridos e nem ocorrências graves. Além da barreira na Rua Glauce Rocha, houve outro pequeno deslizamento na Rua Antônio da Silva Ligeiro, 242, também no Independência.
Na Estrada Velha da Estrela, 66, no Meio da Serra, pedras rolaram por cerca de um metro. Elas ficavam nos fundos de uma casa. De acordo com os moradores, a construção foi realizada já sabendo da existência das pedras. Eles foram orientados pelos técnicos a sair do local.
Além dos atendimentos, vistorias preventivas também foram realizadas. A Defesa Civil do município funciona em regime de 24 horas, com equipes para atender a todos os chamados da população. Os chamados podem ser feitos pelo telefone 199.

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