Controle do volume de chuva para evitar desastres
Tribuna de Petrópolis - 14/01/2011
No verão, a incidência de chuvas na Região Serrana sempre é grande. A orientação é para deixar a casa e procurar abrigo seguro quando a chuva forte ameaça as residências nas muitas áreas de risco da cidade. Para evitar desastres, a Defesa Civil de Petrópolis criou um programa que distribui pluviômetros feitos de material reciclável.
O Programa Vigilantes Pluviométricos, formado principalmente pelos agentes de Saúde, credencia pessoas em pontos distintos do município para ajudar a monitorar os índices das chuvas. Cada vigilante recebe um kit com um pluviômetro confeccionado em uma garrafa plástica do tipo pet, que é reutilizada.
São colados adesivos milimetrados nas garrafas, correspondendo a valores de 0 até 200 mm. Os Vigilantes entram em contato com a Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Petrópolis) diariamente, sempre informando seu código de vigilante, sua senha e o valor registrado desde as 09h do dia anterior até as 09h do dia atual. Estes dados são armazenados pelo departamento de Engenharia da Comdec utilizados posteriormente em estudos de áreas de risco.
Além de contar com a participação popular na ajuda do monitoramento, a Defesa Civil já exportou a ideia inovadora para cidades como Campinas, Santo André e Valinhos, todas no estado de São Paulo. Teresópolis e Nova Friburgo também usam a tecnologia caseira. Na rede municipal de ensino, os alunos participam de palestras que têm o objetivo de implantar valores de cidadania e consciência ambiental. As crianças aprendem procedimentos corretos e curiosidades sobre como funciona o pluviômetro e como fazer um medidor caseiro utilizando garrafas pet.
Desde o fim do ano passado, a cidade ganhou mais um reforço na prevenção. Foi montada a Rede de Operações de Emergência de Radioamadores (Roer), que ajudará na comunicação para que as ações de emergência sejam realizadas de maneira mais ágil. O projeto de Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (RENER) tem como objetivo suprir a falta dos meios de comunicação usuais quando os mesmos não puderem ser acionados, devido a desastres naturais como deslizamentos de barreira, situações de emergência ou estado de calamidade, para os radioamadores da região.
“Estamos reequipando todos os nossos fiscais e dando infraestrutura para nossos profissionais, o que dá mais agilidade ao trabalho realizado, como a prevenção e maior fiscalização. Com a implantação dos radioamadores, teremos maior agilidade nas ações, já que em um momento de emergência é o único meio de comunicação que continua podendo ser utilizado”, explicou Luis Eduardo Peixoto, do Comitê de Ações Emergenciais, na ocasião da montagem da rede.
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