Chuva mantém petropolitano em casa e dá lucro para as locadoras de filmes

Tribuna de Petrópolis - 05/01/2011



Maya Braca escolhe filme: ela disse que a chuva constante a levou a decidir passar os últimos dias em casa

Com o verão chuvoso de Petrópolis, tem gente que prefere nem sair de casa enquanto curte um período de descanso entre o final de 2010 e início de 2011. Com isso, há um ramo do comércio que acaba se beneficiando, as locadoras, que têm registrado um aumento significativo nas locações de filmes no período, tanto no centro da cidade como nos bairros.
“Esse ano que passou foi surpreendentemente melhor. Em dezembro de 2010, tivemos um aumento de 40% nas locações em comparação com o mesmo período de 2009. No Natal e Ano Novo, muita gente deixou de viajar”, declarou Lu Maia, da Cult Vídeo, na Dezesseis de Março.
Para a empresária, as férias de julho costumam apresentar melhores resultados, mas o movimento de dezembro foi atípico. Já são 23 anos trabalhando em locadoras, e há 12 ela conserva a loja no mesmo endereço. Ela ressaltou ainda que na mesma galeria existiam oito estabelecimentos quando começou a atuar na área, e o último concorrente fechou há dois anos.
“Alugo filmes quase sempre. A maior parte é de suspense e terror, gêneros que prefiro. Com as chuvas dos últimos dias, acabei pegando um filme e ficando em casa”, disse Maya Braca.
No São Sebastião, a Petro Cine considerou dezembro como um mês muito bom e registrou crescimento de 100 locações sobre dezembro de 2009. O tempo ruim favoreceu a loja, que lucrou com as pessoas que não viajaram e assim alugaram filmes. “Um dos diferenciais do nosso comércio é a entrega dos filmes para os moradores do BNH, o que acaba cativando os consumidores principalmente nestes dias chuvosos”, informou Margareth Araújo, proprietária da locadora.
No centro da cidade, um outro fato chama atenção na Cult Vídeo. A loja ainda conserva cerca de 600 títulos em VHS em seu acervo e é constantemente procurada por amantes de clássicos do cinema que ainda não foram lançados em DVD. Todo fim de semana tem gente que faz questão de levar uma fita para casa, e pra quem já não tem mais um videocassete no mobiliário residencial a loja também oferece um aparelho.
“Um bom filme, um bom diretor e uma boa história ainda pesam para muita gente que nos procura. Os meus clientes nem ligam para Blu-ray, por isso vou demorar para  aderir a esse formato”, destacou Lu Maia, mostrando parte do seu acervo de VHS, onde se destaca A Hora da Estrela, filme clássico brasileiro de 1985, baseado em obra de Clarice Lispector.

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