Mulher vive há quase oito anos com o aluguel social
A faxineira Maria de Fátima ainda tem esperança de voltar a ter sua casa |
“Recebo R$ 200 da prefeitura, mas tenho de pagar R$ 300 de aluguel e preciso tirar do meu salário, que já não é muito. A gente ouve por aí que as pessoas que perderam as casas nas chuvas de janeiro no vale do Cuiabá vão receber novas casas populares. Escutamos também que vai vir a ajuda do governo municipal e do estado. Nada contra essas pessoas ganharem, mas e nós, que estamos esperando há tanto tempo? Eles até falam que vão fazer, mas quando será isso?”, desabafa Maria de Fátima. A chuva que causou a tragédia da família Santos ocorreu em dezembro de 2003 e fez desabar um terreno nas margens da Estrada Velha da Estrela. “Havia uma meia dúzia de casas e com aquela chuva perdemos tudo”, disse Maria de Fátima. A área logo foi interditada pela Defesa Civil, que acabou derrubando o que ainda resistiu em pé. Com o local condenado e as famílias retiradas, eles começaram a receber o aluguel social no mês seguinte. A solução que seria provisória se estende há quase oito anos.
“Queremos a nossa própria casa, como foi prometido pelos governantes. Aqui moram seis pessoas. A residência não é ruim, mas pago aluguel. O imóvel não é meu. Todo ano vou até a Setrac e renovo o meu cadastro para as casas populares e até agora nenhuma resposta. O mesmo acontece na Secretaria de Habitação”, declarou ela. A irmã, Sônia Regina dos Santos, também precisa colocar dinheiro do próprio bolso para completar o aluguel da casa onde mora atualmente. Só que ela desembolsa R$ 130.
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