Irmã Dulce
Dominus - N° 45 - Junho/Julho de 2011
Maria Rita de
Sousa Brito Lopes Pontes,
a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, não
só trabalhou intensamente pela obra de Deus enquanto pode como também deixou um
importante legado através das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Irmã
Dulce, popular na sua terra natal também como o Anjo bom da Bahia, foi beatificada pelo Papa Bento XVI no dia 22 de maio
de 2011. A cerimônia de beatificação reuniu milhares de católicos em Salvador,
cidade onde a freira atuou a maior parte dos seus 77 anos ajudando
pobres e excluídos.
Soteropolitana, ela nasceu a 26 de maio
de 1914. Filha de um dentista, perdeu a mãe aos sete anos de idade. Na
adolescência, já dava sinais da vocação quando acolhia mendigos e doentes em
sua casa. Não demorou muito para que ingressasse na Congregação das Irmãs
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no município sergipano de
São Cristovão, em 1933. Aos 20 anos, foi ordenada freira e adotou o nome de
irmã Dulce, em homenagem à mãe.
Voltando a Salvador, começou a prestar
assistência à comunidade pobre de Alagados, ajudou na fundação de uma
associação católica de operários e também de uma escola para filhos dos
operários. Já no início da década de 50, a religiosa usava o galinheiro do
convento para abrigar doentes. Foi aí o começo da Associação Obras Sociais Irmã
Dulce, criada oficialmente em 1959. Depois, fundou o Convento Santo Antônio.
Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da
Paz. Em visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em outubro de 1991, o pontífice
ainda esteve com Irmã Dulce, que já se encontrava muito doente em um leito de
hospital. Com a saúde extremamente debilitada, a religiosa morreu em 13 de
março de 1992, com 77 anos de idade.
Depois de receber o título de venerável,
em 2009, os restos mortais foram transferidos para a Capela das Relíquias, em
Salvador. Com o processo de canonização, os restos mortais foram levados para a
Capela do Convento Santo Antônio. O milagre que garantiu a beatificação surgiu
através de uma intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana,
que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o
parto.
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