Costureiras vão às ruas contra proposta de reajuste
Tribuna de Petrópolis - 01/10/2011
Na noite de quinta-feira, após assembleia para discutir reajuste
proposto pelo Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus
de Senhoras de Petrópolis (Sindcon), costureiras saíram em passeata
pela Rua do Imperador. Na assembleia realizada no Sindicato dos
Metalúrgicos, na Rua Floriano Peixoto, 300 pessoas rejeitaram a proposta
de aumento de 7,69%. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na
Indústria do Vestuário, esse aumento é pouco superior à inflação. Eles
desejam, pelo menos, que o reajuste tenha 5% de ganho real, o que
chegaria hoje a quase 13%.
“Avalio a assembleia como positiva. Os 300 associados que estiveram presentes rejeitaram a proposta do sindicato patronal. O piso das costureiras está em R$ 650 e queremos chegar até R$ 750. A indústria da confecção reúne cerca de 10 mil pessoas direta e indiretamente em 600 empresas formais registradas aqui no sindicato. Os cálculos dão conta de que o setor é responsável por 15% do PIB de Petrópolis. São números que mostram a importância da categoria”, declarou Jorge Luiz Mussel, presidente da entidade.
Ainda segundo Jorge Mussel, os trabalhadores merecem o reajuste de 13% pela defasagem que vêm sofrendo nos últimos 10 anos. Em setembro de 1999, as costureiras ganhavam R$ 280 de piso e o salário mínimo era de R$ 136, ou seja, o piso era 2,1 vezes maior. Agora, é somente 1,2 maior que o mínimo. “Fiz esse levantamento em setembro. Os empresários precisam entender que a nossa busca tem uma razão, um motivo de ser”, explicou Mussel.
Com máquinas modernas e até computadorizadas, as profissionais da área precisam estar adequadas aos novos meios de produção, mas os salários baixos não têm atraído as jovens para o ramo. A desvalorização da profissão é a principal causa disso. “Tem indústria grande aqui da cidade que tem ido recrutar pessoas em Três Rios. As jovens não querem aprender. Os donos de confecções estão matando o ofício, peço que olhem com mais carinho para a classe”, comentou.
Uma nova assembleia está sendo organizada para o dia 14 de outubro. Se o acordo não sair nesse dia, existe a ameaça de greve. Mussel ainda fez um alerta sobre o serviço de facção, uma espécie de trabalho free-lancer para as costureiras. Como não existe vínculo empregatício e a empresa só paga pela produção, muitas pessoas já têm conseguido na Justiça obter direitos trabalhistas para este tipo de serviço.
“Avalio a assembleia como positiva. Os 300 associados que estiveram presentes rejeitaram a proposta do sindicato patronal. O piso das costureiras está em R$ 650 e queremos chegar até R$ 750. A indústria da confecção reúne cerca de 10 mil pessoas direta e indiretamente em 600 empresas formais registradas aqui no sindicato. Os cálculos dão conta de que o setor é responsável por 15% do PIB de Petrópolis. São números que mostram a importância da categoria”, declarou Jorge Luiz Mussel, presidente da entidade.
Ainda segundo Jorge Mussel, os trabalhadores merecem o reajuste de 13% pela defasagem que vêm sofrendo nos últimos 10 anos. Em setembro de 1999, as costureiras ganhavam R$ 280 de piso e o salário mínimo era de R$ 136, ou seja, o piso era 2,1 vezes maior. Agora, é somente 1,2 maior que o mínimo. “Fiz esse levantamento em setembro. Os empresários precisam entender que a nossa busca tem uma razão, um motivo de ser”, explicou Mussel.
Com máquinas modernas e até computadorizadas, as profissionais da área precisam estar adequadas aos novos meios de produção, mas os salários baixos não têm atraído as jovens para o ramo. A desvalorização da profissão é a principal causa disso. “Tem indústria grande aqui da cidade que tem ido recrutar pessoas em Três Rios. As jovens não querem aprender. Os donos de confecções estão matando o ofício, peço que olhem com mais carinho para a classe”, comentou.
Uma nova assembleia está sendo organizada para o dia 14 de outubro. Se o acordo não sair nesse dia, existe a ameaça de greve. Mussel ainda fez um alerta sobre o serviço de facção, uma espécie de trabalho free-lancer para as costureiras. Como não existe vínculo empregatício e a empresa só paga pela produção, muitas pessoas já têm conseguido na Justiça obter direitos trabalhistas para este tipo de serviço.
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