60 mil abelhas retiradas de sofá no Dr. Thouzet

Tribuna de Petrópolis - 27/02/2011
Ontem foi concluída a retirada de abelhas no Thouzet, no ponto entre o Condomínio do Parque Residencial Dr. Thouzet (BNH) e a comunidade conhecida como Sítio do Pica-Pau. O apicultor João Batista, especializado nesse tipo de ação, disse que o foco já estava controlado desde a sua primeira visita na quinta-feira. A colmeia, alocada dentro de um sofá abandonado na mata, tem aproximadamente 60 mil abelhas. Na última segunda-feira, o menino Wallace da Silva Freitas, de 10 anos, levou mais de mil ferroadas na localidade. Ele continua no CTI do Hospital Alcides Carneiro e sua situação é considerada estável.
“Não tirei as abelhas antes porque elas estavam dispersas e ficariam muitas para trás. Então, eu isolei a área e coloquei a abelha rainha dentro de uma caixa, para atrair as outras, agora o enxame completo está lá. Se sobrar alguma, elas não oferecerão risco. Se o menino tivesse caído sobre o sofá, dificilmente teria sobrevivido”, disse o apicultor.
A ribanceira com mais de 20 metros é muito perigosa e oferece riscos para as crianças que costumam brincar nas imediações. Segundo Daniel dos Reis Braga, morador das proximidades, dois dias antes outros meninos também foram atacados. É muito comum naquela área que as crianças soltem pipa e até desçam o precipício para pegá-las. Foi assim que Wallace se acidentou.
Na última semana, quando o apicultor esteve no local, foi divulgado erroneamente que as abelhas tinham sido removidas. Essa informação fez com que as crianças voltassem a brincar na área. “Infelizmente, tem garotos abusados que ficam na ponta da ribanceira. O solo ali é fofo e podem cair, bem em cima da colmeia”, disse Daniel, junto de Suziara Kronemberger, também moradora do Sítio do Pica-Pau.
As abelhas costumam procurar locais propícios para o seu processo de criação de enxames. João Batista explica que já encontrou estas abelhas, do tipo africanizada, em locais dos mais variados: “Já fiz remoção em lareiras, postes, forro de banheiro, dentro de guarda-roupas e até debaixo da cama”. O apicultor captura estes insetos e costuma levar para dois apiários, ambos na zona rural da cidade, no Brejal e no Bonfim.

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