É na bagunça que se resolve


O Flamengo tem a mística de se superar na adversidade. Ganhar quando ninguém espera. Grandes arrancadas (1992 e 2009), gols em cima da hora (Valido - 1944, Rondinelli - 1978, Petkovic - 2001), muita raça e vontade quando os jogadores querem. Mas, infelizmente, um clube desorganizado e sem uma estrutura, tanto física quanto administrativa, acaba perdendo as oportunidades e não aproveitando os momentos. Poderia ser tetra estadual pela primeira vez ou jogar decentemente na Libertadores, mas tá difícil. Três detalhes demonstram bem o Flamengo de hoje.

Primeiro, Bruno diz que "está se lixando para a torcida". Ele é o goleiro titular e capitão, aquele que devia ser o porta-voz dos jogadores e após mais uma derrota deveria convocar o apoio da massa rubro-negra e não afastá-la. Mais uma vez, acaba falando demais.

O Pet vem dizer que não recebeu instruções do Rogério para substituir o Maldonado ou não as escutou. Caramba! Imagina um médico prestar assistência a um paciente sem ler o prontuário ou um operário numa linha de produção não saber como se monta o novo modelo. É a profissão dele e deve saber como pode explorar o seu potencial. Ou então joga só na base do coração mesmo.

Adriano chega ao treino do Flamengo na tarde dessa quinta-0feira e ao ver os jornalistas se movimentando na sede ironiza o fato de ser famoso e chamar atenção. Como se ele fosse o único astro da tropa e tivesse boas coisas para realmente ser procurado. Quando o seu peso e problemas da vida particular acabam ofuscando o seu futebol.

Enfim, muita zona e uma esperança, de leve é claro, de uma possível superação no Chile. Se fala dos desfalques da La U e de o time do Flamengo saber o que tem de fazer para passar à semifinal. Mas, como outras vezes, a mística rubro-negra, e só ela agora, pode mais uma vez fazer a diferença.

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